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Museu de História e Folclore

PRODUTO INDISPONÍVEL
Descrição

O Museu de História e Folclore "Maria Olímpia" é considerado um dos mais completos do Brasil, cujo riquíssimo acervo remonta a cerca de 3000 peças, dentre indumentárias diversas (vestuários de Folia de Reis, Congadas, Reisados, Moçambique, etc.); flores de diversificado material, peças de barro, bambu, madeira, couro, ágate, toalhas com abrolhos, trabalhos em palha, crochê, pinturas pitorescas; instrumentos musicais; peças de tradicionalismo (pilão, esporas, luminárias, serras, etc.); biblioteca especializada e muito mais. A mais antiga e valiosa das peças fica na parte exterior do museu. Trata-se de uma locomotiva (maria-fumaça) que de 1940 a 1950, aproximadamente, fez o elo entre Olímpia e o resto do Brasil, promovendo o desenvolvimento econômico da região.

A grande anfitriã foi Maria Jesus de Miranda, coordenadora do Museu desde 1989, a cujos cuidados Sant'Anna confiou, com toda tranqüilidade, esse cartão postal de Olímpia. A falta de estudos específicos de museologia nenhuma falta lhe faz, haja vista ser detentora de uma brilhante intuição e de um forte conhecimento empírico do folclore pátrio. Ela administrou o museu com uma criatividade e uma competência jamais desconsiderada: arquivando, selecionando, ornamentando, corrigindo, recebendo os visitantes, enfim, de tudo participando.

Sua dedicação ao Museu em muito transcendeu o que se poderia chamar de máxima eficiência de um funcionário no cumprimento de seus deveres; trata-se de uma verdadeira paixão pela cultura popular, pelo folclore brasileiro. Em suas mãos, o riquíssimo acervo do museu se enriqueceu.

Por todas essas razões, para quem ainda não conhece esse ponto turístico de Olímpia, asseguramos, será um prazer conhecer a Maria e será um prazer conhecer o museu.

HISTÓRIA
O museu de História e Folclore "Maria Olímpia" teve o mesmo nascedouro que o próprio Festival do Folclore: Os trabalhos escolares desenvolvidos pelo professor José Sant'Anna ao iniciar a sua carreira magisterial na Capital do Folclore, dos quais entre outras coisas, resultaram exposições de peças folclóricas que se realizavam, inicialmente, no âmbito do hoje extinto Colégio Olímpia. No início dos anos sessenta o museu era itinerante, visto que aquelas exposições passaram a se realizar também em outras unidades escolares e estabelecimentos comerciais olimpienses, e, a partir de 1965, na nossa festa maior.

Embora proveniente da mesma fonte, o museu passou a existir de fato somente em agosto de 1973 (oito anos após o festival, "por uma simples questão de oportunidade" segundo Sant'Anna), quando o então prefeito Dr. Antônio Lopes Ferraz providenciou-lhe a casa própria, cedendo às instâncias do professor.

A existência oficial do Museu de História e Folclore "Maria Olímpia", assim denominado, deu-se mediante a lei nº 1274, de 18/04/1997, e do projeto de lei nº 1625/78, do vereador José Sant'Anna, posteriormente convertido na lei nº 1358, de 05 de julho de 1978. Pelos decretos nºs 1114, 1115 e 1116, o então prefeito Álvaro Marreta Cassiano Ayusso nomeou o professor José Sant'Anna para o cargo de Diretor Técnico do Museu; o professor Rothschild Mathias Netto, para o de chefe da Secção de História; e novamente Sant'Anna, para o de chefe da Secção de Folclore.

O museu se instalou primeiramente no prédio onde antes havia funcionado a Delegacia de Ensino, na hoje, Avenida Waldemar Lopes Ferraz, nº 1224, transferindo-se algum tempo depois, em caráter provisório, para a Rua Floriano Peixoto, nº 1228, em que hoje funciona a agência local do INSS, até chegar na Rua David Oliveira, nº 92, endereço atual do museu.

É oportuno ressaltar que durante o aludido interregno, o Prof. Victório Sgorlon e sua esposa Lourice Arutin Sgorlon ofereceram seus inestimáveis préstimos no sentido de preservar o acervo até então coligido por Sant'Anna.

Entrementes, ainda durante aquele caráter provisório, quando da aquisição do já mencionado edifício pela municipalidade, o prédio se encontrava em condições muito precárias, depredado, abandonado por décadas, quase em ruínas, servindo de perigoso abrigo para errantes sem-teto. "Balança mas não cai" era como a ele se referiam os olimpienses, que também o consideravam mal-assombrado. Contudo, para o objetivo visado procedeu-se a uma esmera reforma, célere, minuciosa, que o deixou em perfeitas condições de uso, impecável.

É anetódico, outrossim, lembrar que nos primeiros anos, toda sorte de velharias imprestáveis era doada ao museu, até que se espalharam pela cidade de alguns esclarecimentos do Prof. Sant'Anna sobre quais seriam as peças apropriadas para a exposição.